domingo, 24 de abril de 2011

Oficina de Jogos – O Jogo da Educação


Jogo é um tipo especial de situação: exige um comportamento adequado, ou adaptado, do agente.
Muitos jogos envolvem prever ou supor o comportamento de outros agentes envolvidos. Quase todos envolvem estabelecer e arregimentar meios em função de um objetivo definido.
Konrad Lorenz se refere ao aspecto comportamental envolvido nos jogos afirmando que “num sentido bem particular, os processos criativos que se passam no homem, e somente no homem, constituem um jogo, uma brincadeira” (Lorenz, 1983, p. 63). Seu modo de ver a questão identifica o comportamento exploratório com o jogo e a brincadeira. Sabemos como o comportamento exploratório de que ele fala é fundamental nos processos de aprendizagem. E isso nos remete ao quanto o jogo é uma atividade importante e fundamental para o desenvolvimento do conhecimento e da conduta bem sucedida.
Para ele esta é a diferença entre o jogo e o trabalho: o trabalho possui um objetivo fixado, enquanto o jogo lida com objetivos ainda em processo de formação: “Em outras palavras: o jogo e a curiosidade têm cada qual as suas motivações próprias; nem o jogo e nem a exploração ocorrem jamais a serviço de alguma outra motivação específica” (Lorenz, 1983, p. 65).

Desde o ano de 2010 que a Oficina de Leitura tenta explorar a dinâmica e a metodologia dos jogos em suas atividades de reflexão e interpretação. Foi o caso da Oficina com a tragédia Antígona, em que um jogo de interpretação foi desenvolvido a partir de personagens alternativos propostos pelos próprios leitores.
No último dia 15 de abril, a turma da 5 fase da Pedagogia da UDESC participou do planejamento e do teste experimental de um jogo que envolve a organização e a manutenção de um projeto pedagógico. A atividade envolvia não somente jogar, mas projetar os aspectos constituintes do jogo:
Seu cenário e suas regras.
Os acadêmicos deram uma enorme contribuição à experiência, propondo e se envolvendo na atividade, e com isso avaliando sua própria conduta, obstáculos, avanços, e refletindo posteriormente sobre os efeitos do emprego de cenários de jogo nos processos educativos.

Um comentário:

  1. A principal barreira no processo da aprendizagem é o professor ainda, acreditar ser proprietário de um saber, cuja finalidade, é transmitir aos alunos, esquecendo-se de identificar que esse saber se banalizou com o mundo tecnológico, que age ao vivo num mundo onde há múltiplos canais de televisão e Internet. Um material escolar, de maneira geral, é muito bem formatado, então aquele professor repetidor de saberes, tem para cada aula aquele tema e aquela pílula, e realmente acaba sendo um professor muito pouco sedutor. Portanto ele está impondo uma barreira imensa na aprendizagem, porque está indo na contramão daquilo que realmente o aluno precisa para crescer.

    Diante dessa perspectiva, o jogo tora-se uma ferramenta extraordinária no processo cognitivo. Muito interessante a estratégia do Professor José Claudio em propor aos acadêmicos construir o jogo. Isso possibilitou que os estudantes despertasse maior interesse pela atividade.

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